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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

5 dias em Beijing



Introdução

Beijing é uma megalópole de mais de 19 milhões de pessoas e ocupa uma posição central na cultura e nos costumes do povo chinês. A cidade começou a ser formada entre os séculos 11 e 7 antes de Cristo e passou por diversas invasões dos povos ao norte da China. Tendo servido também como capital imperial, não é de se estranhar que a cidade represente tudo isso claramente em seus símbolos, arquitetura, palácios, etc. É a representação da China como um todo, dos áureos tempos como uma próspera economia milenar, até sua decadência e ressurreição no último século. Qualquer pessoa que disponha de pouco tempo para viajar por esse país gigante pode apostar aqui todas as suas fichas. Da mesma forma aqueles que pretendem explorá-lo em mais detalhes não podem de forma alguma esquecer de Beijing.

Dicas importantes para quem quer viajar na China

Dinheiro

Por hora, alguns detalhes. A moeda chinesa é o RMB, também chamado de reminbi ou yuan ou kuai e significa moeda do povo. 1 USD = 6,34 RMB. Você só pode fazer câmbio em hotéis, empresas específicas de câmbio e bancos. Na prática, pelo país, você só vai trocar em bancos por isso é bom trocar volumes de US$ 300-400 por vez pois eles têm horário específico de funcionamento e o processo demora pelo menos 1/2 hora cada vez. A moeda de Hong Kong, HKD, não é válida na China continental. Além disso, a cada troca você vai receber um comprovante que lhe dará direito de revender os RMB que sobrarem no final da viagem. Não é possível fazer isso fora da China portanto não esqueça de gastar ou trocar todos os seus kuai antes de deixar o país.

Idioma

Outro fato importante: na China continental inglês não é falado de forma abrangente por isso evite ficar perdido. Compre mapas e guias de forma antecipada e evite precisar de informações em lugares ou horários em que seja difícil encontrar outras pessoas. DE MANEIRA GERAL, estudantes (pessoas jovens) são capazes de falar inglês básico a intermediário, geralmente o suficiente pra te indicar onde ir, o que comprar, o que fazer, etc. Não tenha medo de perguntar a eles. Isso se mostrou possível em todos os lugares pelos quais passei. Se possível aprenda coisas básicas em mandarim como números, direções, questões típicas referentes a compra de tickets de trem, etc. Tudo irá te ajudar muito, acredite!

Uma saída que eu utilizei com freqüência era reunir toda a informação crítica para que eu chegasse a um determinado lugar e então pedir para o pessoal do hostel (que geralmente fala inglês intermediário pelo menos) escrever tudo em chinês em um papelzinho. Tendo o que você quiser escrito em chinês, QUALQUER pessoa pode ajudá-lo dando indicações para onde ir. 

Hospedagem

Fora de grandes cidades como Beijing, Shanghai, Xi'An, etc., pode ser difícil encontrar um hostel. Mesmo que seja possível encontrá-los pode ser muito difícil conseguir vaga sem reserva antecipada. Portanto, recomendo entre 1-2 dias de antecedência fazer uma reserva pela internet pra grandes cidades e 3-5 dias pra lugares menores e com menor oferta de hospedagens. Os sites www.hostelbookers.com e www.hostelworld.com podem te ajudar tranquilamente a conseguir onde ficar. Uma cama em um dormitório deverá custar em média entre USD 7-9/noite e é a forma padrão mais barata de se viajar. Não espere que o seu hostel ofereça serviços como reserva de ônibus, trens, tours ou qualquer coisa do tipo. Em geral os hostels são exclusivamente para se dormir.

Alimentação

Você pode ficar 1 mês na China e ter uma experiência completamente baseada em McDonald's, KFC e PizzaHut similar a qualquer lugar no mundo ou pode ter uma experiência gastrônomica riquíssima com comida local comprada em barraquinhas de rua ou em pequenos estabelecimentos. A primeira deve custar cerca de 30-50 kuai por refeição e a segunda entre 10-20. A opção é sua.

Transporte

De maneira geral as grandes cidades chinesas possuem um vasto sistema de transportes com uma eficaz e moderna linha de metrô. As linhas de metrô têm identificação em inglês e chinês e portanto serão seu melhor aliado. Os preços variam entre uma cidade e outro mas sempre vi algo entre 2 e 4 kuai com a maioria dos lugares cobrando apenas 2 - o benefício proporcionado por esse modal de transporte torna o preço ridiculamente barato quando comparado com o que pagamos em São Paulo por exemplo. Não tente pegar ônibus se você não souber exatamente a linha e o ponto que você vai descer. Taxistas não sabem inglês e portanto peça para alguém escrever em chinês onde você quer ir.

Mapa do metrô de Beijing
Comunicação

Comunicação via celular na China é muito barata. Além disso, ter um número local vai facilitar muito todos os arranjos de viagem entre uma cidade e outro, tours, etc. Por isso é altamente recomendável adquirir um chip de uma operadora local. Infelizmente eu não sei muito bem como orientar nessa parte pois o Zhengyu me ajudou com isso porém Google ajuda a todos! :)

Chegada

Meu vôo, atrasado, de Hong Kong chegou mais de 1h da madrugada em Beijing. Já estava cansado e não tinha mais esperanças de que o Jony, meu Couchsurf host, fosse me buscar. Porém, passada a alfândega lá estava ele me esperando. Ele me ajudou a carregar as coisas e me levou até a casa dele onde conversamos um pouco sobre meus planos de viagem, o trabalho dele numa companhia aérea, etc. Infelizmente ele pode me hospedar apenas aquela noite mas foi uma ajuda enorme e deixei um cartão-postal do Camboja em gratidão.

Na manhã seguinte tive meu primeiro desafio, encontrar um banco e uma estação de metrô nos arredores do apartamento do Jony. O choque de China começou ali mesmo. Estávamos num bairro periférico, nos arredores do aeroporto, porém a sensação era de ter sido transportado para uma cidade norte-americana. Ruas largas, bem sinalizadas, vazias, com jardins e árvores, prédios com recuo, e o formato quadrangular dos quarteirões. Hunm..

Acabei achando o metrô depois de tentar perguntar a algumas pessoas onde ele ficava pronunciando a palavra metrô em chinês: Dítié. Eu ainda não tinha reservado hostel em Beijing e já era quase 10h da manhã. Portanto, duas opções: topar o desafio de carregar toda a minha bagagem comigo o dia inteiro e no final tentar achar um hostel ou, achar primeiro o hostel e perder um dia de tour. Pesei os riscos e para tristeza do meu pé, ombros e costas escolhi a primeira.

Circuito Primário

Aqui vou descrever a agenda que seria o essencial para o visitante médio pela primeira vez a Beijing. Além disso, eu adicionaria a Grande Muralha da China, que será discutida em um post separado devido à toda sua importância.

Tiananmen Square (Praça da Paz Celestial)

Essa praça é muito famosa. Foi palco dos protestos de 1989 e desde então um símbolo do autoritarismo do regime chinês. Há câmeras em todos os lugares da praça, e é necessário passar por um detector de metais antes de entrar nela. Há uma quantidade enorme de policiais fardados e à paisana. Assuntos políticos não devem ser comentados, falados, etc., nessa área. Um amigo belga passou pela experiência de ser abordado por policiais por ter iniciado esse tipo de assunto com um chinês enquanto visitava o lugar.

É a maior praça pública do mundo, porém, eu não achei que você realmente tem essa impressão de infinidade. Atualmente há uma grande prédio no meio dela que acaba quebrando a idéia de espaço amplo. De qualquer forma é um dos monumentos de Beijing e visitá-lo é parte do roteiro, além de ser de graça. 

Cuidado: Esse é um dos poucos lugares da China toda em que você com certeza estará na mira de golpistas. Aparecerão casais, grupos de amigas, grupos de amigos, pessoas sozinhas, etc., querendo conversar sobre a sua viagem, quem você é e o que você vai fazer sobre o pretexto de praticar inglês, aprender alguma coisa, etc. Se após 5-10 minutos de conversa essas pessoas propuserem de ir a um outro lugar: a) ver uma galera; b) tomar uma cerveja; c) participar de uma cerimônia de chá; d) etc; não vá. É o golpe mais famoso e clássico com turistas na China. A abordagem tende a ser muito mais freqüente com viajantes sozinhos. Cheguei a ser abordado por mais de 5 grupos em menos de 1h. Chinese são muito tímidos e de maneira geral NUNCA vão te convidar pra ir a lugar algum sem que vocês tenham conversado razoavelmente bastante e tenham tido algum motivo para estabelecer confiança um no outro.

Forbidden City (Cidade Proibida)

Meridian Gate visto da Praça da Paz Celestial
A Cidade Proibida é um complexo de palácios imperiais construído entre 1406 e 1420 com 980 construções ocupando uma área de 720.000 m². É considerado pela UNESCO como o maior conjunto de construções de madeira preservadas do mundo. A entrada custa 60 kuai por pessoa - estudantes, inclusive com carteirinhas de outros países têm desconto. É possível pegar um tradutor móvel por mais 40 kuai que irá explicar o complexo - recomendável. O nome "Cidade Proibida" se devia ao fato dos imperadores pouco ou quase nunca saírem de lá e também a severa punição para aqueles que entrassem sem serem convidados, morte.

Vista do Supreme Harmony Hall
De fato, é um lugar muito bonito e muito impressionante. O complexo exemplifica a arquitetura chinesa clássica com vários pátios alinhados, portões e muros em formas retangulares no eixo norte-sul e construções acessórias nas alas leste e oeste (porém obedecendo à mesma lógica de formas retangulares e pátios).

Além do circuito padrão existem algumas coleção pagas para exibição. Fui em duas, dos relógios e jóias dos imperadores, e achei que valeu muito a pena. Custou 10 kuai cada.


O grande desafio quando visitando a Cidade Proibida é aguentar o cansaço e manter o pique. Embora se você olhar num mapa a área não pareça tão grande, acredite, é. E depois de 2-3 pátios seguidos as coisas podem começar a parecer "mesma coisa". Por isso, é melhor reservar bastante tempo para a visita de forma que você possa sentar, comer e descansar entre uma coisa e outra. Se possível compre água e comida antes de entrar pois os preços tendem a ser bem mais caros lá dentro.

Jingshan Hill

Exatamente atrás da Cidade Proibida há um pequeno parque e dentro dele um morro com um templo budista. Porém, o mais interessante dali não é o templo nem o parque mas poder ver a Cidade Proibida de cima. Custa cerca de 10 kuai a entrada do parque.




Foto panorâmica da Cidade Proibida
Temple of Heaven (Templo dos Céus)


Essa é uma área de construções religiosas que foi construída na mesma época da Cidade Proibida. Além do Templo dos Céus, como o principal, há o templo do Sol, da Terra e da Lua. Imperadores chineses das dinastias Qing e Ming costumavam vir anualmente ao templo para pedir por um ano de boas colheitas. Esse também é um local reconhecido como patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO e com certeza faz parte da agenda básica do visitante a Beijing. O tamanho do parque que circunscreve todos os templos não pode ser desprezado e guarde pelo menos metade do dia para conhecer toda a área. Não lembro o preço exato mas é mais barato comprar direto um ticket que dá entrada a todos os templos do que comprá-los individualmente. O local é facilmente acessível por metrô.

É também legal notar que daqui pra frente o azul vivo das fotos iniciais é substituído por cinza e uma atmosfera de neblina. Por um lado se isso mantém as temperaturas mais baixas e suportáveis, por outro mostra o problema da poluição que assola Beijing o ano todo. Chamada smog (smoke + fog) esse é um problema direto da industrialização massiva e rápida ao redor da capital. Como conseqüência muitas vezes não se vê o horizonte.

Summer Palace (Palácio de Verão)

Suzhou Street

Tower of Buddhist Incense
Marble Boat
Esse palácio foi construído como propósito de oferecer um ambiente mais fresco e verde para a família imperial durante o verão quente e úmido de Beijing - temperaturas podem chegar até mais de 40oC. Os dois mais marcantes elementos do palácio são o Morro da Longevidade e o Lago Kunming. Dado que boa parte do cenário é artificial, o palácio acaba sendo um fino exemplo das técnicas clássicas chinesas de construção de jardins. Tal qual o Templo dos Céus, é possível adquirir um ticket que dá acesso a diversas atrações por um preço total mais baixo do que se comprado separadamente. O acesso também é muito fácil por transporte público. Como eu já tinha falado lá em cima, a smog deixa você ver com dificuldades a torre em cima do Morro da Longevidade. Do ponto mais afastado do lago a torre simplesmente desaparecia.

Wangfujing Street


Wangfujing Street
Essa é uma das ruas mais famosas para compras em Beijing, tanto para turistas quanto locais. Trata-se de uma rua enorme, maior do que 3 km, mas com boa parte dela na forma de calçadão portanto uma boa opção para andar e relaxar ao final de um dia de tour intenso. Durante a noite todos os letreiros e neons são ligados e a rua ganha muita vida com tantas cores e luzes. Há também uma grande coleção de lojas famosas e de marca, nova tendência no consumo chinês.


Em uma das travessas dessa rua é possível encontrar a área das comidas estranhas, na verdade a mais facilmente identificável e acessível que eu vi em toda a China. Espetinhos de tubarão, estrela-do-mar, baratas, lulas, escorpiões, etc. Aparentemente, na China, tudo pode ser colocado em um espeto. Além de você impressionado haverá muitos outros turistas estrangeiros tirando fotos. Porém, dado que a população chinesa é absurdamente maior do que qualquer contingente de turistas, em um número muito mais significativo serão as pessoas comendo as coisas estranhas na sua frente. Se essa vai ser sua primeira vez na Ásia ou o primeiro contato com essa culinária tão exótica, vale muito a pena passar por ali nem que seja pra ficar apenas na observação. Aos curiosos: não, eu não comi nenhum espeto estranho.. haha

Circuito Secundário

Esse circuito é mais aplicável às pessoas que dispõem de mais tempo ou, mais disposição de fazer as coisas numa intensidade maior. Embora esses lugares representem sim parte da história e cultura locais, sua imponência - na minha opinião - é inferior ao circuito primário.

Lama Temple

Esse é um dos maiores templos de budismo tibetano do mundo. Começou a ser construído em 1694 durante a dinastia Qing como uma residência oficial mas em 1722 foi convertido em um monastério tibetano. O budismo tibetano era praticado na Mongólia e no Tibet e isso portanto explica porque uma grande parte das placas religiosas no monastérias estão expressas em três línguas - chinês, tibetano e manchu. O acesso é muito fácil pela estação de metrô Lama Temple.

Confucius Temple

Estátua de Confúcio
O mais interessante desse templo de Confúcio não é a arquitetura, objetos ou qualquer coisa assim. É a própria história e os conceitos da filosofia confucionista. Confúcio foi um filósofo, educador, político e editor que deixou uma marca milena na história e cultura não apenas da China mas do mundo todo. Confúcio está por trás da criação do conceito de concurso público e vestibulares sendo o primeiro pelo entendimento de que os melhores deveriam ser escolhidos para administrar a coisas pública e o segundo pelo fato de que ao se ter uma prova cega às características de seus aplicantes, tanto pobres e ricos deverão provar que são os melhores naquilo criando-se portanto uma via de democratização ao acesso à educação. Aliás, a educação é o próprio cerne da filosofia confucionista. Buscar o conhecimento e o aprimoramento. O conceito de meritocracia portanto foi fundado há muito tempo atrás. No museu ainda havia uma análise de que o poderio econômico da China foi tão maior quanto a filosofia confucionista dominou o país. Tão forte é essa cultura ela se disseminou por outros lugares. Quais outros países são famosos pela excelência educacional e a competitividade? Japão, Coréia, Cingapura, todos lugares em que houve disseminação da filosofia confucionista.

Uma associação local, qual o percentual de descendentes de japoneses, chineses e coreanos ante a população brasileira? E qual é o percentual nas universidades? Pois é, você já entendeu.

Hutongs


Chineses jogando cartas em um hutong
Os hutongs são a assência do que permite Bejing ser uma megalópole de 19 milhões de habitantes e ao mesmo tempo uma vila pequena em que pessoas andam de bicicleta, riquexós, etc., ou compram animais vivos e fazem comida nas barraquinhas de rua. Enfim, os hutongs são a parte popular da cidade. Depois da Revolução Cultural essas áreas que foram construídas séculos atrás passaram a ser demolidas para dar espaço a grandes boulevares e avenidas na perfeita arquitetura quadrada e agigantada comunista. Porém, o que sobrou de uns anos para cá passou por um processo diferente. Dado o potencial turísticos dos hutongs, agora pode-se ver em Beijing um processo de restauração e até de imitação dessa antiga arquitetura.

É interessante andar pelos hutongs sem muito roteiro definido, apenas andar e andar e ir se perdendo e se achando. Cada esquina revela uma situação diferente, pessoas cozinhando, jogando cartas ou bebendo o tradicional e delicioso iogurte de Beijing. É um passeio de graça e muito interessante e pra quem gosta de coisas populares e locais vai ser o máximo.

Richard!










Como eu já tinha ficado na casa do Jony pelo Couchsurfing, procurei um novo lugar pra ficar em Beijing. Acabou dando certo de ficar no apartamento do Richard. Ele é australiano, trabalha pra embaixada do seu país e é casado com uma chinesa de Hong Kong que morou na Austrália boa parte da vida. Ele já está em Beijing há muitos anos e conhece muito bem a cidade. Foi uma experiência muito legal, pude conversar bastante com ele e e entender pelos olhos de um expatriado de longo prazo como é a experiência e interação com a China. Além disso ele me levou pra tentar algumas experiências gastrônomicas na região que eu com certeza não teria feito caso não tivesse sido guiado por ele - dumplings de Beijing, ovos pretos e perna de "brontossauro"... haha.

Comprando uma passagem de trem

Esse é um dos maiores desafios pro viajante independente que não fala chinês, comprar uma passagem de trem pro seu próximo destino. Primeira coisa: assuma que nenhum vendedor - inclusive aqueles indicados nos painéis eletrônicos - seja capaz de falar inglês. Segunda coisa: tente fazer com que alguém bilingüe te acompanhe até o guichê. Terceira coisa: se a segunda não der certo peça para alguém escrever em chinês o que você quer com todos os detalhes e inclusive alternativas caso a sua idéia inicial não possa ser atendida. Caso você tenha um roteiro fechado  - como eu tinha - é muito eficiente comprar todos os tickets de uma vez só e você pode tentar fazer isso de alguma cidade grande como Beijing ou pedindo para um agente efetuar as compras pra você. Esse site www.seat61.com (procure China) é uma ótima referência em termos de como o sistema de trens funciona na China.

Enfim, eu esperava conseguir meu ticket para Datong para 6a a noite pra não precisar de hotel quando chegasse lá. Porém, quando cheguei ao guichê descobri que só havia 6a a tarde. Quer dizer, um belga - tão perdido quanto eu mas que falava um pouco de chinês - descobriu isso e conseguiu me ajudar a reservar meu ticket. Foi minha primeira vez na vida que eu peguei um trem leito, aliás, só lembrava de andar em trens normais quando era bem pequeno e eles ainda existiam no Brasil!

Próxima post: A Grande Mulhara da China!

2 comentários:

  1. Oi JP! Seu passeio por Beijing foi bem parecido com o que eu fiz com a minha mãe quando fomos visitar a Júlia em HK - com a diferença de que todos os chineses fugiam quando tentavamos pedir indicações (exceto os que tentavam aplicar golpes, fomos abordadas 2 vezes).
    Muito legal seu blog!!!
    Stefanie

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  2. Hahaha.. fato, quando eles nao podem ajudar eles simplesmente nos ignoram.. ainda bem que vcs nao caíram no golpe! incrivelmente ouvi de várias pessoas que caíram, mesmo com todos os avisos sobre isso! valeu! :)

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