Halong Bay

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O dia começou cedo. Por volta de 06h30 eu já estava de pé tomando o "super" café da manhã do meu hostel. Fiz o check-out e por volta de 08h30 peguei o ônibus do tour pra Halong Bay. Uma viagem de 4 horas até chegar no cais de Halong City. O Vietnã, diferente do Camboja, tem muitas rodovias duplicadas. Na estrada você vê fábricas da Canon, Yamaha, Honda, enfim o país está se desenvolvendo como uma alternativa à China e outros países que tradicionalmente abrigam indústrias na Ásia. 

Halong Bay - juntamente com Foz do Iguaçú e a Amazônia, mas nossa mídia menosprezou esse fato - foi eleita uma das 7 maravilhas naturais da humanidade. E de fato é. A história é de que quando o Vietnã teve que se livrar de invasores os deuses enviraram um dragão como ajuda. Esse dragão cuspiu pedaços de jade e outras jóias que depois viraram as ilhas da baía, uma proteção natural contra os invasores. Depois das batalhas os dragões decidiram viver nessa área e ficaram por lá. A região tem cerca de 1.500 km² com quase 2.000 pequenas ilhas e recebe turistas do mundo todo pra ver os paredões de pedra misturados com a vegetação e a água cor de esmeralda. Tive a sorte ainda de pegar 2 dias de céus azuis e praticamente sem nuvens, algo extremamente raro porque geralmente a baía fica com neblina e garoa. 

Perto já se podia ver a silhueta das ilhas no horizonte. Pra quem gosta de fotos esse post é o ideal! :)

Depois de esperar um pouco, entramos no barco, em torno de 15-20 pessoas e fomos em direção as ilhas.

Nosso almoço também começou a ser servido. Sentei na mesa com 3 russos, Dimitri (Dima), Maria e Yana.  Todos da Sibéria. Logo que ofereceram a bebida tive a primeira amostra de como os russos são festeiros. O Dima pediu 1 garrafa de vinho branco de cara, e daí a esposa dele já virou falando que queria 2. Pois é.. não viram nada ainda. haha

Aí tem amendoim com sal e açúcar - muito bom por sinal - bolinho de carne frito, pepino, peixe e tofu que não estão na foto.

Daqui pra baixo praticamente as fotos falam por si. 

No fundo a recém-inaugurada ponte de Halong City, é uma das maiores da Ásia.

Área de pier pra visitar a carverna Thien Cung. Tinham tantos barcos que alguns se chocavam até e tinha fila pra descarregar ou pegar passageiros.

Lua cheia vista do barco.

Nessa foto temos Rússia, Polônia, Holanda, Alemanha, EUA, Hong Kong a BRASIL! Nessa noite os russos se revelaram de vez! Vodka, conhaque, vinho, cerveja, aos montes e oferecendo pra todo mundo. Obviamente eles ficaram bêbados e daí começaram a abraçar, cantar, tirar foto, etc, com todos. Eu realmente não tinha noção de como os russos eram festeiros. Também foi super interessante descobrir que as novelas brasileiras e o Paulo Coelho são super hits por lá então todo mundo tem uma noção de São Paulo e Rio pela novela, haha. 

As fotos daqui debaixo já são do dia seguinte, começando pelo nascer-do-sol. 

Já tinha conversado um pouco com ela no outro dia mas neste deu pra interagir melhor. A sra da esquerda é a Christine, ela é francesa e o menino é filho dela. Eles moram aqui em Phnom Penh há 6 anos e ela trabalha há mais de 15 pro Médicos Sem Fronteiras tendo morado já em diversos países da África e Ásia. Conversei um pouco sobre como foram esses últimos anos no Camboja e ela me disse que nos últimos 3 anos começou há ter uma grande transformação com prédios surgindo de todo lado e muitos carros. A cidade se transformou totalmente. Além disso ela falou também que o sistema de saúde público embora tenha melhorado um pouco é praticamente inexistente. Embora o pessoal tenha qualificação muitas vezes os médicos mas principalmente as enfermeiras extorquem os pacientes pra conseguir melhorar o salário. Quando isso não acontece a partir da tarde não se encontram profissionais trabalhando nos hospitais porque estão atendendo na rede particular. Por uma parte é questionável por questões de ética mas ao mesmo tempo é uma questão complexa porque o salário pago pelo estado é realmente baixo e eles precisam sustentar suas famílias, etc. 

Nós paramos pra fazer kayaking nessa área e foi algo espetacular. Infelizmente não tenho fotos porque fiquei com receio de levar a câmera com o risco do barco virar. Foi demais, passamos por dentro de 2 cavernas com água. 

Pra fechar, na hora de esperar o ônibus de volta tirei uma foto com outro russo fanfarrão que, inclusive, tava tomando cerveja no café-da-manhã. Mais 4 horas de volta a Hanoi. Essa noite eu fui jantar com o Hón num fast-food estilo McDonalds (Lucky Burger no Camboja) chamado Lotteria. A gente foi num dos andares de cima do prédio porque tava cheio, aí estava comendo e tal e de repente surge 1 rato passeando pelo salão. Daqui a pouco surge mais 1, e depois mais 1 e depois outro. Logo tinha 4 ratos fazendo a festa no salão. Daí eu olhei pro Hón e falei que tinha ratos por ali. Ele, "é, tem alguns" e continuou comendo de boa. Choque cultural.. hahaha.

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